sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Parábola do bom pastor

Parábola do bom pastor
(Jo 10:1-18)

Entre as características do estilo peculiar de João, está a repetição de palavra ou frase que serve para su­blinhar o pensamento que ele pro­cura comunicar. Dupla menção sig­nifica ênfase divina. Duas vezes, no mesmo versículo, João registra Je­sus dizer: "Eu sou o Bom Pastor; o Bom Pastor dá sua vida pelas ove­lhas" (Jo 10:11). As mentes dos ho­mens foram preparadas para a con­cepção de Cristo como pastor. Ele foi mencionado como o pastor (SI 23; Is 40:11; Ez 34:11-16,23; 37:24). Os primeiros a receber o anúncio de seu maravilhoso nascimento foram os humildes pastores, para significar que aquele que nasceu na manjedou-ra alimentaria o seu rebanho como um pastor.
Como o Bom Pastor, ele morreu pelos pecadores da terra que, como ovelhas, tinham se desviado (Jo 10:10, 15).
Como o Grande Pastor, ele res­suscitou, e subiu ao alto, para inter­ceder por suas ovelhas (Hb 13:20).
Como o Supremo Pastor, ele vol­tará para recompensar os seus subpastores que foram fiéis em seu cuidado com o rebanho (lPe 2:25).
Bom, como foi usado aqui, não significa apenas possuir bondade ou, no sentido físico, o que está em sua própria excelência natural; mas o que, moralmente, é belo, nobre e ver­dadeiro. Como usado por Cristo, o vocábulo implica que a perfeição de todos os atributos pertence a ele. Nele*a perfeição imerge e dele ela emerge. Como expressa Ellicott: "Ele é o pastor idealmente bom, que pre­enche toda idéia de governo, susten­to, auto-sacrifício que já se reuniu em torno do nome do pastor. Nenhu­ma imagem de Cristo impressionou tão profundamente a mente da Igre­ja como essa [...] O cajado pastoral é o emblema adequado do trabalho do bispo, e o pastor é o nome pelo qual o submisso rebanho na beira da estrada pensa sobre ele que, em nome de Cristo, é apontado para seu guia" (Ef 4:11).
Passar da figura de Cristo como a Porta permite-nos descobrir tudo o que ele é como Pastor que veio para "reunir em um só corpo os filhos de Deus que andavam dispersos" (Jo 11:52), e morrer pelos que não eram de seu rebanho. Tem-se afirmado que "o pastor era sempre o símbolo do rei". Homero disse uma vez: "To­dos os reis são pastores de seu povo". Como seria diferente o nosso mundo se todos os soberanos e governa­dores fossem verdadeiros pastores do povo que governam! Quando pen­samos nos reis e profetas de Israel, é interessante enumerar quantos começaram como pastores.
Jesus não misturava suas metá­foras quando exortava seus discípu­los a serem corajosos: "Não temas, pequeno rebanho; pois a vosso Pai agradou dar-vos o reino". Rebanho, Pai, reino, essas três figuras de lin­guagem fundem-se para constituir a realeza ideal admitida no Oriente. O Rei ideal era o Pastor de seu reba­nho, o Pai de sua família e a autori­dade governante sobre sua nação. Quando Jesus, com augusta majes­tade e dignidade clamou: "Eu sou o bom Pastor", todas as implicações sobre esse termo foram consolidadas nele.
Como "pastor e bispo das nossas almas" (lPe 2:25), Jesus assumiu essa missão antes de tudo:

Por designação do Pai. Ele conhe­cia seu Filho amado como o Pastor, em contraste com os que eram sim­plesmente mercenários. Deus não falou dele como "o meu pastor e o homem que é o meu companheiro"? (Zc 13:78). Quando Jesus veio em carne, enfatizou o fato de que fora enviado pelo Pai e era seu mediador autorizado, cujas funções, missão e poder foram recebidas de seu Pai.

Por sua voluntária escolha. Mes­mo que enviado pelo Pai, o Filho não veio involuntariamente. Satisfeito com a vontade de Deus, Jesus con­formou-se sinceramente com tudo o que estava envolvido. O Pai e o Fi­lho eram um em seu amor pelo mun­do perdido, e Jesus voluntariamen­te veio buscar e salvar a ovelha per­dida. Como vemos, sua morte e res­surreição, por meio das quais as al­mas sucumbidas e autodestruídas podem ser resgatadas, eram de sua própria escolha e ação (Jo 10:15,17). Vamos agora identificar a bendita relação que existe entre o Bom Pas­tor e suas ovelhas.

Ele possui as ovelhas. Jesus usou o pronome pessoal possessivo quan­do falava sobre as ovelhas. "Suas próprias ovelhas" (v. 4), "minhas ovelhas" (v. 14), "tenho outras ove­lhas" (v. 16). Em virtude da criação e redenção, todas as almas perten­cem a ele através da entrega do co­ração e da vida ao seu clamor. Os que entram por ele, a Porta, podem dizer com Davi:"0 Senhor é meu pastor" (SI 23:1), e sobre eles diz o Pastor: "conheço as minhas ovelhas" (Jo 10:14). Os pastores das monta­nhas e seus cães treinados reconhe­cem uma única ovelha entre mui­tas outras, e elas são treinadas ex­clusivamente, para saberem o seu nome e reconhecerem a voz de seu pastor. Se você é propriedade do Pastor divino, então ele sabe o seu nome e endereço e está pronto a satisfazer suas necessidades quan­do elas surgirem.

Ele conhece as ovelhas. Jesus dis­se que esse conhecimento é mútuo: "Eu conheço as minhas ovelhas, e as minhas ovelhas me conhecem" (Jo 10:14,27). Por três vezes ele referiu-se a si mesmo como o "Bom Pastor"; duas em conexão com sua morte pe­las ovelhas (Jo 10:11), e aqui onde repete a designação para expressar a íntima união e comunhão entre o pastor e as ovelhas. Conhecidos por ele e conhecedores dele implica mais do que conhecer sua voz. Significa que somos participantes de sua na­tureza. Somos um com ele, da mes­ma maneira que ele pôde dizer: "Eu e o Pai somos um" (Jo 10:15,30). So­mos completamente conhecidos por ele. Possuidores da marca da divina possessão, os seus são conhecidos pelo Senhor.
Um pastor oriental conhecia to­das as particularidades de cada uma de suas ovelhas —história, defeitos, temperamento e gostos— algumas dessas qualidades eram personifica­das pelo nome que ele dava a cada uma delas. O Pai conhecia tudo so­bre aquele que viveu em perfeita união com ele. "O Pai me conhece, e eu conheço o PAI". Existia um per­feito entendimento entre o Pai e o Filho. Da mesma forma o Pastor tem compreensivo e perfeito conhecimen­to de cada uma de suas ovelhas. Nada há oculto para ele. "Não há uma palavra em nossa língua que esteja em oculto, pois Tu, ó Senhor, as conheces todas". Godet observa: "A palavra conhecer não significa distingui-los do restante dos judeus. A importância dessa palavra é mui­to mais profunda, e o sentido distin­guir não é apropriado nas três de­clarações seguintes. Jesus penetra com os olhos do seu amoroso conhe­cimento o genuíno ser interior de cada ovelha e discerne perfeitamen­te todas as que ele possui. Pois exis­te uma íntima comunhão entre o verbo 'conheço' e o possessivo 'mi­nhas' ovelhas. Esse conhecimento é recíproco. Os crentes também conhe­cem como é o seu pastor, tudo o que ele sente e tudo o que deseja fazer por eles. Dessa íntima comunhão entre ele e suas ovelhas, Jesus vol­ta-se àquele que era o modelo e ins­piração: sua comunhão com Deus".

Ele conduz o rebanho. Para nós, ocidentais, o pastor segue atrás das ovelhas, mas os pastores orientais vão na frente de suas ovelhas. "Ele vai adiante delas, e elas o seguem, porque conhecem a sua voz" (Jo 10:4). "O Senhor é meu Pastor [...] ele guia-me" (Sl 23:1,2). Dificilmen­te as ovelhas acham seguramente o seu caminho. Outros animais conse­guem, mas as ovelhas desviam-se, e a sua orientação e segurança são asseguradas pelo seguir o pastor cuja voz é conhecida e fundamental para elas. "Ouvem a sua voz" expressa "o conhecimento familiar que o peque­no rebanho tem da voz de seu pas­tor que o guia dia a dia".
Estranhos, ladrões e assaltantes podem chamar as ovelhas pelo nome e tentar imitar a voz de seu pastor, mas, pelo longo costume e intimida­de, elas conseguem discernir uma voz estranha e ficam então receosas. Se procurarmos viver em total har­monia com a vontade de nosso Pas­tor celestial, estaremos sob a sua inequívoca liderança e direção, pois ele sempre conduz suas ovelhas "pe­las veredas da justiça, por amor de seu nome" (Sl 23:3). E, treinados pelo Espírito a conhecer a voz do Pastor, quando ele fala conosco por meio de sua Palavra, discernimos imediata­mente e evitamos a voz estranha, mesmo que seja a da religião. Os escribas e fariseus eram imitadores de pastores, e sua voz confundiu e desencaminhou as ovelhas. Por não terem os falsos líderes compreendi­do a parábola que Jesus proferiu, ele reiterou o seu significado (Jo 10:6,7). A palavra "parábola" é usada aqui em seu amplo sentido, e inclui toda espécie de ilustração figurada ou proverbial e toda espécie de lingua­gem. Já destacamos a omissão de pa­rábolas em João, como as encontra­das nos outros evangelhos.

Ele dá a vida pelas ovelhas. Por duas vezes temos a frase "dou a mi­nha vida pelas ovelhas" (Jo 10:15,17); e duas vezes a expressão "eu a dou" (Jo 10:18), e por duas ve­zes a assertiva: "Tenho poder para tornar a tomá-la" (10:17,18). Por sua própria vontade, o Bom Pastor deu-se a si mesmo para morrer. Sua vida não lhe foi tirada pelos algozes romanos, mas, sim, voluntariamen­te doada. Sua morte foi absoluta­mente por autodeterminação e voluntariedade. No último instante, ele rendeu o seu espírito (Lc 23:46). Ele deu a sua vida pelas ovelhas (Jo 10:11). No Calvário, a espada ergueu-se contra o Pastor, mas não contra a sua vontade soberana (Zc 13:7). Vicent, em seu Word studies [Estudo das palavras], diz que "A expressão 'dado a sua vida' é peculiar a João, pois ocorre apenas em seu evangelho e em sua primeira epístola, e pode ser explicada de duas maneiras:

1. Colocado como sinal ou pagan­do um preço, de acordo com o uso clássico do verbo dar;

2.  Pôr de lado a sua vida como uma veste. "Ele tirou a vestimenta" (13:4). Esse último parece preferível. Quando ele clamou 'está consuma­do', pôs de lado sua vida terrestre como uma vestimenta que ele vesti­ra voluntariamente em Belém".

Então Jesus morreu e ressusci­tou por sua própria vontade. Ele deu a sua vida como resgate pelos peca­dores e triunfou sobre a morte, a fa­vor deles. Ainda que "minhas ove­lhas" aplica-se apenas aos crentes, todavia a sua morte foi uma "propiciação, não apenas pelos nos­sos pecados, mas pelos pecados do mundo inteiro" (Uo 2:2). Não existe contradição entre "o Espírito que ressuscitou a Jesus dentre os mor­tos" (Rm 8:11) e a expressão "tenho poder para retomá-la". Godet diz: "Se é no Pai que subsiste o poder que deu vida a Jesus, é ele mesmo que por sua própria vontade e petição con­voca-se a manifestar esse poder [...] Deus não impôs a Jesus nem a mor­te nem a ressurreição". Jesus não era obrigado a morrer. Por nunca haver pecado, a morte não tinha domínio sobre ele. Ademais, quando foi con­duzido à morte, poderia chamar doze legiões de anjos para salvá-lo dos que o crucificavam, mas a glória do evan­gelho, é que Cristo, por sua própria vontade, morreu pelos pecadores.

Ele dá vida e satisfação às suas ovelhas. Por conceder sua vida pe­las ovelhas, ele está pronto para dar vida, e vida abundante, a todas elas. Em virtude do sacrifício de sua vida, ele pode dar a vida eterna a todo o que nele crer. "Eu lhes dou (às mi­nhas ovelhas) a vida eterna" (Jo 10:28). Quando passamos por ele como a Porta, estamos salvos e aben­çoados, com suprema e infalível sa­tisfação. Temos perdão e pastagens porque o Pastor não apenas salva, mas satisfaz a alma. Ele também prove eterna segurança para os seus. Ávida que ele dá não pode ser "eter­na", se a recebemos em um dia e a perdemos em outro. Jesus declarou que ninguém poderia tirar as ove­lhas de sua poderosa mão, nem da mão do seu Pai. Então, estamos du­plamente seguros. Fomos reunidos, arrebanhados, preservados aqui e seremos glorificados no porvir. Ele nos chamou ao seu reino eterno e de glória. E sua vontade que contem­plemos sua glória (Jo 17:24).

Ele protege suas ovelhas. Merce­nários ou trabalhadores ambulantes, que ajudavam a garantir a seguran­ça das ovelhas, não se interessavam cordialmente por elas; e se o perigo ameaçava o rebanho, eles fugiam e deixavam as ovelhas entregues aos ladrões, assaltantes e lobos. O du­plo motivo, que os levava a não ter algum cuidado com as ovelhas, era: não são pastores e as ovelhas não lhes pertencem. Ainda que os merce­nários não sejam tão destrutivos quanto os ladrões e assaltantes, con­tudo, por abandonarem as ovelhas frente ao perigo, ajudavam a saque­ar ou a matar os animais indefesos. Os fariseus que ouviram de nosso Senhor a descrição dos covardes guardiães de ovelhas, provavelmen­te ficaram com a consciência pertur­bada. Instintivamente, eles sentiam que mercenários retratava apropriadamente o amor deles ao dinheiro, bem-estar e posição, e sua falta de profundo interesse pela prosperi­dade espiritual daqueles que esta­vam sob os seus cuidados. Não é de admirar que pegassem pedras para matar Jesus (Jo 10:31) depois de ouvirem a comparação a ladrões, assaltantes e mercenários (Ez 34:2). Os ministros religiosos cujo coração é destituído da graça divi­na, ostentam-se como o caminho da salvação e a porta para o céu, ou negam os gloriosos fundamentos da fé cristã, estão nessa mesma tríplice categoria.

Quem ou o que entendemos ser o lobo que ataca e dispersa as ovelhas? Ladrões, assaltantes e mercenários são inimigos humanos das ovelhas, mas o lobo é animal (inimigo natu­ral que destrói o rebanho). A pala­vra que Jesus usou para o verdadei­ro pastor, que espanta o lobo que se aproxima, é um tanto gráfica. Impli­ca "fixa contemplação com o fascínio do terror pela aproximação do lobo". Comentaristas divergem quanto ao significado típico do lobo. Aqui estão algumas interpretações: O lobo é a pessoa que personifica a hostilidade ao reino de Deus, o diabo, e age por meio de todos os adversários da Igre­ja (Jesus identificou completamen­te o farisaísmo com o princípio dia­bólico: Jo 8); o lobo era o grande po­der romano; a figura do lobo pode aplicar-se a todos os poderes antimessiânicos, até mesmo o farisaísmo; o lobo representa os fu­turos mercenários no meio da Igreja cristã. Godet interpreta concisamen-te: "O lobo representa o princípio positivamente hostil ao reino de Deus e do Messias — os fariseus e os mercenários, os legítimos, pois jul­gavam-se funcionários remunerados que, por sua condição, foram chama­dos a cumprir a tarefa a qual Jesus realizou por autodevoção voluntária. Os sacerdotes e levitas achavam-se doutores da lei". Todos os inimigos espirituais que tentam destruir a Igreja de Cristo são lobos. Jesus re­feriu-se aos "falsos profetas" como "lobos devoradores" (Mt 7:15). Ele enviou os doze "como ovelhas no meio de lobos" (Mt 10:16), e os se­tenta eram como "cordeiros no meio de lobos" (Lc 10:3). Paulo profetizou que lobos tentariam destruir o reba­nho de Deus (At 20:29). Todos esses lobos estão relacionados com o lobo, o diabo, que espera para arrebatar e devorar as ovelhas.
Mas contra o lobo feroz está o fiel e Todo-Poderoso Pastor, que protege suas ovelhas. Durante todo seu mi­nistério Jesus esteve em conflito com o lobo satânico que tentava ferir e matá-lo. No Calvário ele pelejou com o lobo, e ainda que tenha sido feri­do, moído pelo combate, e finalmen­te morto, não foi destruído pelo lobo. Esse horrível combate terminou em vitória, pois "morrendo, ele destruiu a morte". Sua concepção do bom pastoreio significa matar o lobo e ressuscitar, para fazer de suas ove­lhas participantes de sua vida invencível. Agora a segurança do crente é inviolável, pois, com a cruz atrás de si, sabe que nenhum inimi­go pode destruí-lo. Ninguém pode tirá-lo da mão do poderoso Vencedor. Sua preservação está garantida. Nunca perecerá. Uma vez que a vida, a qual o Pastor oferece, vem ao de­vedor, o coração do crente deve per­manecer inabalável.

Ele deseja um rebanho. Nossa última palavra é sobre o abrangente propósito e paixão do divino Pastor, revelados em sua expressão "ainda tenho outras ovelhas que não são desse aprisco. a mim me convém agregá-las também. Elas também ouvirão minha voz, e haverá um re­banho e um pastor" (Jo 10:16; Ez 37:22). O vocábulo aprisco nesse tex­to é diferente daquele usado no começo da parábola —aprisco de ove­lhas. Lá significa um objeto inani-mado, um recinto cercado, onde as ovelhas repousam. Aqui, no versí­culo diante de nós, a palavra é re­banho, não "aprisco" (Mt 26:31; Lc 2:8; ICo 9:7).
Um pastor com muitas ovelhas pode possuir muitos apriscos para elas, mas são todas as suas ovelhas, um só rebanho. Essa "unidade não é criada pelo aprisco, mas pela natu­reza das ovelhas e seu relacionamen­to com o pastor". No próximo capí­tulo temos o pronunciamento de Caifás quando afirma que alguém deveria morrer pela nação judaica. "Ele profetizou que Jesus morreria pela nação; e não pela nação apenas, mas também para reunir em um só corpo os filhos de Deus que andavam dispersos". Os judeus formavam um e os gentios outro aprisco. Jesus morreu para ajuntá-los em um só rebanho. Os gentios não seriam in­corporados dentro do antigo aprisco judaico, mas, regenerados, judeus e gentios tornar-se-iam uma unidade que consiste na perfeita comunhão com o Salvador. A grande consuma­ção de sua obra redentora é que multidões, salvas pela graça, reuni­das de todas as gerações e nações, povos e línguas, formarão seu reba­nho, sua Igreja, com direito a pasta­gens na atualidade e na eternidade. Para o presente: "O Senhor é meu pastor, nada me faltará." Para o fu­turo, quando seu rebanho chegar ao aprisco celestial: "O Cordeiro que está no meio do trono, os apascenta­rá" (SI 23:1; Ap 7:17). A igreja visível sobre a face da terra pode consistir de muitos apriscos congregacionais, mas todos os que são um em Cristo Jesus formam um só rebanho. A uni­dade viva, com o Bom e Grande Pas­tor, faz de suas ovelhas um vasto rebanho.
Se somos suas ovelhas, no aguar­do das pastagens eternas de verde imarcescível e águas de tranqüilo repouso no aprisco celestial, deve­mos cultivar ambas as marcas, a do ouvido e do pé:

Minhas ovelhas ouvem minha voz. Minhas ovelhas me seguem."

Cercados como estamos por la­drões, assaltantes e lobos, tenhamos a graça de ouvir, seguir e obedecer ao Pastor enquanto ele nos guia pelo caminho.

texto extraído do livro: Todas as Parábolas da Bíblia
 Herbert Lockyer - Editora Vida


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